Desde 15.02.2022, ocasião em que a CTEEP divulgou Fato Relevante ao mercado, os participantes e assistidos do PSAP/CTEEP, estão aguardando uma justificativa plausível sobre os motivos que a levou a tomar essa decisão de extrema relevância, que irá impactar, de forma negativa e direta, a vida futura de, aproximadamente, 4.200 pessoas, que com seus dependentes perfaz um contingente estimado e aproximado de 16.000 pessoas.A única certeza que temos é que não foi realizada pela Empresa e/ou Vivest a mensuração dos impactos sociais, financeiros e, consequentemente, na saúde e no futuro dos participantes e assistidos. —————————————————————————————————————- Para corroborar com nossa indignação, conforme acima exposto, vejamos a incoerência da CTEEP, entre o que efetivamente a empresa pratica e os conceitos sobre Ética, Transparência e Reciprocidade, que divulga: ÉTICA: Ter a coerência entre o discurso e a prática desenvolvendo atitudes e ações transparentes, fundamentais para a construção de relações duradouras com todas as partes interessadas. TRANSPARÊNCIA: Atuar de maneira confiável, acessível, clara e honesta. RECÍPROCIDADE: Respeito pela dignidade do outro com quem a empresa se relaciona, em um ambiente de reconhecimento mútuo das obrigações e direitos das partes envolvidas. Como seria bom se tais conceitos estivessem, efetivamente, sendo aplicados!! Assistidos do PSAP/CTEEP Sérgio Pinfildi e Orivaldo Marcuzzo ————————————————————————————————————— Até o momento, a única justificativa que nos foi dada, consta de um comunicado, do mesmo dia 15, onde o presidente da Vivest, informa que a CTEEP, após ter revisitado e analisado seus planos de previdência, optou pela retirada de patrocínio, com a finalidade de eliminar os riscos decorrentes da natureza do PSAP/CTEEP. Estamos ansiosos para saber quais os riscos que a empresa quer eliminar de um plano existente há décadas e que, ao longo de sua existência, apresentou sistemáticos superávit´s que foram utilizados pela empresa para o abatimento, até a liquidação, de antiga dívida existente com o próprio plano previdenciário. Os participantes, ativos e aposentados tem o direito de saber quais são esses riscos e quais foram os motivos, uma vez que a gestão do patrimônio do plano é feita por profissionais indicados exclusivamente pela empresa patrocinadora. Será que justificarão que a decisão foi tomada porque o plano apresentou déficit´s em 2020 e 2021, exercícios totalmente atípicos em termos econômicos e sociais, principalmente, em vista da pandemia vivida pelo mundo? Enquanto não nos esclarecem de forma clara e transparente, a CTEEP divulgou suas Demonstrações Financeiras do exercício de 2021, e a única justificativa que continuamos a enxergar, é a ganância financeira por lucros a qualquer custo. Senão vejamos: Lucro Líquido do Exercício: R$ 3.018.599.169,54 (sim, R$ 3,0 bilhões) Geração de Caixa Operacional: R$ 898.925.000,00 (sim, R$ 898,9 milhões) Dividendos+Juros s/Capital Próprio pagos: R$ 2.656.470.000,00 (sim, R$ 2,6 bilhões) Em valores acumulados, relativos aos exercícios de 2016 a 2021, os números são extraordinariamente impressionantes: Lucro Líquido: R$ 16.410.740.000,00 (sim, R$ 16,4 bilhões) Geração de Caixa Operacional: R$ 19.647.225.000,00 (sim, R$ 19,6 bilhões) Dividendos+Juros s/Capital Próprio pagos: R$ 7.114.639.000,00 (sim, R$ 7,1 bilhões) Ainda, em relação às informações pertinentes à retirada do patrocínio, consta em nota explicativa das Demonstrações Financeiras de 2021, que a Companhia segue acompanhando a evolução da retirada de patrocínio, não sendo possível, nesta data (31.12.2021), a mensuração dos impactos nas demonstrações financeiras. Estranho né? Como pode uma companhia tomar uma decisão relevante dessas, sem mensurar os impactos econômico-financeiros em seus resultados? Certamente não se sentem confortáveis em demonstrar as projeções de lucros não voltados à prestação do serviço, mas sim com aproveitamento oportunista dos planos previdenciários daqueles que construíram a empresa, bem como dos empregados que permanecem sendo os principais responsáveis pelo significativo lucro divulgado.A Responsabilidade do conteúdo são dos Autores associados do Instituto Adecon