Cuidar corretamente do maior órgão do corpo humano vai muito além da estética

Chega o verão e todos querem aproveitar praia, piscina, tomar sol e se divertir ao ar livre. Tudo bem circular nesses espaços, desde que não falte o uso do protetor solar. O seu uso é importante durante todo o ano e um hábito essencial para a proteção da saúde da pele mesmo quando não há exposição direta ao sol. Durante esse período, os raios ultravioletas são mais fortes e a exposição a eles é maior, inclusive no mormaço – que também apresenta riscos, diferentemente do que muitas pessoas pensam. A nebulosidade não consegue bloquear os raios solares por completo, deixando passar raios UVA e UVB.
Algumas doenças que a exposição ao sol desprotegida pode causar são insolação, queimadura solar, queratose, melasmas e a forma mais grave: o câncer de pele. A boa notícia é que, quando a detecção é precoce, as chances de cura superam os 90%, aponta a o Instituto nacional do câncer (INCA). Atualmente, esse tipo de neoplasia responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto nacional do câncer INCA registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. Além disso, segundo estimativas do órgão, no triênio 2023-2025, serão registrados, por ano, 9 mil novos casos de câncer de pele melanoma e mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma. Do primeiro tipo, estimase que 4.640 serão em homens e 4.340 em mulheres. Já do segundo, 101.920 registros ocorrerão em homens e 118.570 em mulheres.
“Uma ferida que não cicatriza, um sinal que aumenta de tamanho e/ou muda de cor ou de formato podem ser sinais do câncer da pele. A exposição solar aguda, intensa e intermitente e queimaduras solares antes dos 20 anos de idade, triplicam o risco de desenvolvimento do carcinoma basocelular e do melanoma. Já o carcinoma espinocelular se relaciona com o efeito cumulativo da exposição solar”, orienta Carlos Barcaui, dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Demais fatores como poluição, estresse, tabagismo, clima, consumo de bebida alcoólica, fototipo e hereditariedade também desempenham um papel importante no desenvolvimento do câncer de pele.
O problema é sério. Por isso, o cuidado com a saúde desse órgão é essencial, independentemente de sexo, idade e tipo de pele. Nesse sentido, tratar bem da pele exige escolhas conscientes de quais produtos e hábitos tomar. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), no primeiro semestre de 2022, a categoria de cuidados com a pele obteve um crescimento de 4% em vendas ex-factory (faturamento de fábrica, sem adição de impostos sobre venda), estimulada pela maior atenção e conscientização dos consumidores sobre a importância de se adotar uma rotina de cuidados voltada a manter a saúde da pele, assim como uma visão mais direcionada para o bem-estar. O destaque ficou para a categoria de cuidados com a pele de corpo, que apresentou um crescimento positivo de dois dígitos.
A recomendação é simples: nunca descuide da pele e, se possível, passe por uma consulta com um dermatologista uma vez ao ano para um exame completo. Na prática, porém, não é o que acontece: uma pesquisa da farmacêutica especialista em pele TheraSkin, realizada pela Ipsos, destacou que a classe C – que representa 78% da população – é a que menos visita o dermatologista, e que 23% dos brasileiros nunca foi a uma consulta com o especialista.

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